O diretor de Pesquisa do Iapar, Rafael Fuentes Llanillo, destaca quatro pontos da emenda que poder\u00e3o contribuir para a tramita\u00e7\u00e3o mais c\u00e9lere do projeto. Embora haja diverg\u00eancias sobre o percentual da cota m\u00ednima do or\u00e7amento a ser direcionada \u00e0 pesquisa, Fuentes acredita que fixar um percentual afasta o temor de que a atividade seja deixada de lado. Pela emenda, o Estado deveria destinar 21% \u00e0 pesquisa. \u201cN\u00e3o \u00e9 o ideal, isso a\u00ed \u00e9 um n\u00famero m\u00e1gico que saiu de uma compara\u00e7\u00e3o de or\u00e7amentos anuais. \u00c9 um n\u00famero dentro do que est\u00e1 hoje. N\u00e3o pode ir abaixo disso a\u00ed\u201d, ressaltou. Hoje, o or\u00e7amento anual para pesquisa \u00e9 de cerca de R$ 250 milh\u00f5es para a Emater e R$ 100 milh\u00f5es para o Iapar.<\/p>\n
Outro aspecto importante contemplado na emenda, segundo Fuentes, trata do Fundo Paran\u00e1, que desde 2002 congrega 2% da arrecada\u00e7\u00e3o estadual e destina essa verba \u00e0s institui\u00e7\u00f5es estaduais de ensino superior e aos institutos de pesquisa. \u201cO Iapar nunca tinha tido acesso direto a esse fundo, que paga a folha de pagamento das universidades. No projeto de lei, apesar de n\u00e3o especificar quanto, cria um mecanismo de acesso direto do setor de pesquisa do novo instituto a esses 2%\u201d, pontuou o diretor do instituto.<\/p>\n
A administra\u00e7\u00e3o do corpo funcional das institui\u00e7\u00f5es e a defini\u00e7\u00e3o do PCCS (Plano de Cargos, Carreiras e Sal\u00e1rios), assim como a divis\u00e3o do peso que ter\u00e1 cada diretoria que ir\u00e1 compor o novo \u00f3rg\u00e3o tamb\u00e9m foram ressaltados por Fuentes. \u201cEstamos ansiosos pelas mudan\u00e7as porque essa dilata\u00e7\u00e3o do tempo prejudica a administra\u00e7\u00e3o. Alguns atos administrativos que tinham que ser feitos desde o come\u00e7o do ano dependem de o projeto de lei passar.\u201d<\/p>\n
SRP<\/b><\/p>\n
Para o presidente da SRP, Ant\u00f4nio Sampaio, a emenda fez com que a proposta \u201ccaminhasse bem para a frente\u201d. \u201cNosso grande medo era que quando colocasse a Emater junto, que \u00e9 muito maior, que ela engolisse a verba\u201d, considerou. \u201cE preservar o nome do Iapar mant\u00e9m a marca, o que \u00e9 muito importante para todos n\u00f3s.\u201d<\/p>\n
Tanto Sampaio quanto Fuentes, no entanto, criticam os 45 cargos comissionados que dever\u00e3o ser criados no novo \u00f3rg\u00e3o. \u201cN\u00f3s resistimos e deixamos com clareza que n\u00e3o aceitar\u00edamos isso. E \u00e9 bem chato porque \u00e9 um projeto bom, mas cria essa situa\u00e7\u00e3o. N\u00f3s n\u00e3o entendemos. \u00c9 bastante indigesto\u201d, destacou Sampaio. \u201cN\u00e3o \u00e9 o desejo de ningu\u00e9m. N\u00e3o sei o que vai acontecer ainda porque todo o enxugamento que n\u00f3s planejamos com a comiss\u00e3o, toda a economia que fizemos com a fus\u00e3o, e ficou l\u00e1, a cria\u00e7\u00e3o dos 45 cargos\u201d, disse Fuentes.<\/p>\n
Mesmo longe do ideal, a expectativa das entidades \u00e9 que com os ajustes apresentados, o projeto possa ser votado nos pr\u00f3ximos dias. \u201cO projeto ficar mais um ano tramitando gera muita inseguran\u00e7a institucional\u201d, afirmou o diretor do Iapar.<\/p>\n<\/div>\n