Colégio da Policia Militar de Londrina, 1º do interior do Estado, completa um ano

Neste mês de novembro completa um ano da criação do Colégio da Polícia Militar em Londrina. A assinatura do decreto que criou oficialmente a primeira unidade do interior do Estado é do dia 24 de novembro. Várias cidades querem uma unidade, mas por enquanto apenas a de Londrina está funcionando, além do colégio em Curitiba.

Quase 60 anos de existência separam as duas unidades em funcionamento no Paraná. Reconhecida pela excelência no ensino, a unidade de Curitiba é modelo, mas serão necessários quantos anos ou décadas para alcançar desempenho semelhante?

Em apenas um ano dá para falar em resultados? O que mudou?

A nova pintura e a reforma nas instalações deram nova cara ao antigo prédio onde funcionou o Colégio São José por mais de trinta anos.

Os alunos que eram do antigo São José continuam estudando junto com os que ingressaram por concurso, processo obrigatório para fazer parte desta turma de 380 alunos que logo ganhará reforço com as 150 vagas que foram abertas no concurso que está sendo realizado este mês.

Além dos alunos do antigo São José também ficaram funcionários, que acompanham a transformação bem de perto. “A atitude deles é totalmente diferente. Eles cumprimentam, agradecem tudo o que pedem pra gente. Nem parecem as mesmas pessoas”, comenta uma das funcionárias que trabalha na cozinha.

Em casa são os pais que percebem a mudança.“Meu filho tem mais interesse pelos estudos. Antes ele nem pegava nos livros. Ele também passou a ajudar nas tarefas de casa e a organização do quarto dele melhorou muito”, comenta Valmir Alves Rocha, pai do aluno Maikel, de 17 anos.

Pai dos gêmeos Henrique e Felipe, de 11 anos, o designer gráfico Jorge Luiz Solteiro conta que apenas um dos meninos conseguiu ingressar no Colégio. “A gente percebe que o Henrique está mais independente e faz as as tarefas sem precisar de cobrança. Também está muito mais atento com os horários para não se atrasar. Percebo que ele até chama a atenção do irmão quando vê algo de errado”, conta Solteiro.

Michele Pires, mãe da Isabela, de 14 anos, se mudou ano passado para o bairro. “Ninguém queria que eu colocasse a Isabela no Colégio São José. Toda a família ficou contra mim, mas eu trabalho o dia todo e não tinha como pagar R$ 200 reais para ela ir de van para outro colégio. Hoje vemos que foi uma decisão abençoada porque ela permaneceu na mudança para Colégio da Polícia Militar”, comenta.

A família de Debora Frizzanco mudou de cidade depois que as duas filhas passaram no concurso, a Maria Cecília, 15 anos, e Ana Alice, 11 anos.
“Não conhecíamos ninguém em Londrina. Tivemos que alugar uma casa. Quando as aulas começaram a gente ainda não tinha conseguido se mudar. Faltavam três dias para entrar na casa e eu fui falar com o capitão para avisar que elas perderiam três dias de aula. No colégio eles falaram: vocês que são a família que não tem endereço!”, lembra.
A família morava em Jaguariaíva. “Mudar de cidade e de vida, deixando tudo pra trás, a 300 km, casa própria, família e amigos, para ter a oportunidade delas estudarem no colégio e desfrutarem deste privilégio valeu todo o esforço, e não nos arrependemos hora nenhuma, se fosse necessário faríamos tudo novamente”, afirma.
Adriana Ciusz, mãe da aluna Ana Ciusz, que mora em Cambé e quer seguir a carreira militar. “Eu sou de Cambé, minha filha estudava numa escola municipal lá e resolvemos que ela ia fazer o teste para entrar no colégio. Ela passou. Através de esforço dela, fazendo as provas de outros colégios militares. Pra nossa família está sendo um orgulho fazer parte do CPM, visto que não temos policiais na família, mas já sabíamos que um colégio militar o ensino é prioridade, não tenho dificuldade na educação da minha filha, mas ter profissionais exemplares nesse processo é maravilhoso. Ela está terminando o 6º ano. Vamos caminhar juntos com o CPM”.

Juliana Altimari conta que era um sonho do filho estudar no Colégio da Polícia Militar e já sonha em ter o caçula seguindo os mesmos passos. “Meu filho desde muito novo tinha o desejo de estudar em Colégio Militar, mas não existia essa possibilidade em Londrina. Coincidentemente, o primeiro processo classificatório foi aberto no ano que ele iria iniciar o Ensino Fundamental 2. Estudou com afinco e foi aprovado em 1° lugar. Ao longo do ano letivo recebeu certificados de “honra ao mérito” por boas notas e boa conduta. Faz parte também da equipe de futsal do 2° CPM. Esse reconhecimento e novas oportunidades têm o incentivado a se dedicar cada vez mais aos estudos. Além disso, frequentemente relata o cuidado e educação que os policiais, professores e funcionários tratam os alunos. Ele está muito feliz com o Colégio! Espero que meu caçula de 6 anos tenha a mesma oportunidade”, comenta Juliana Altimari, mãe de Kauan Altimari , 11 anos.

Para a mãe do André Gustavo do 6º ANO B, o filho não cogitava estudar em outro lugar. A família ficou preocupada. “Ficamos preocupados que ele não passasse,  mas para ele esta possibilidade não existia. Estudávamos de manhã e a tarde todos os dias. Depois das provas, na semana do resultado, ele ficou doente de tanta ansiedade, com dor de cabeça e febre alta. No dia do resultado foi uma grande alegria para toda nossa família pois sabíamos do esforço e o quanto ele queria entrar. Já no começo das aulas ele quebrou o braço e teve grande ajuda inclusive com os policiais escrevendo a prova para ele”, comentou  Keila Michelle Marcelino Morel.

Poucos meses de aula foram suficientes para que a unidade de Londrina mostrasse resultados expressivos.

Excelência de ensino – Avaliação da Secretaria Estadual de Educação mostra que o desempenho dos alunos do 6º ano do Ensino Fundamental e do 1º ano do Ensino Médio do CPM foi superior nas disciplinas de língua portuguesa e matemática em relação aos estudantes da área de abrangência do Núcleo Regional de Educação e do Paraná.

O resultado obtido pelos alunos do Ensino Médio do CPM ficou bem acima do registrado entre os outros avaliados. Em matemática, por exemplo, o índice médio apurado do colégio foi de 289,5, contra 235,8, média da regional e 226,4, estadual. Com relação ao Ensino Fundamental, no desempenho registrado de língua portuguesa, o CPM alcançou 274,9 pontos, contra 221,6 do Núcleo Regional e 213,4 do Paraná.

“O Colégio da Polícia Militar é o maior projeto social que eu conheço. Por isso, lutei tanto para trazer a primeira unidade para o interior do Estado, começando por Londrina. Esse colégio tem duas grandes marcas: a excelência no ensino e a formação de verdadeiros cidadãos”, afirma Tiago. O deputado também conseguiu uma Arena Multiuso para o colégio que ainda será instalada. O esporte é um dos pontos altos da unidade de Curitiba.

Sucesso – Para alcançar esses resultados em tão pouco tempo, Tiago Amaral explica que não basta implantar uma unidade. “Não se consegue esse nível de resultado sem a participação e o engajamento dos pais e da comunidade. É preciso que a cidade abrace este projeto. E foi o que aconteceu em Londrina com parcerias, com a doação por empresários de uniformes para alunos que não podiam pagar. Além disso, o colégio poderia estar em qualquer bairro de Londrina, mas nós escolhemos uma região que precisava de uma transformação. Tem muitos jovens que moram no bairro e que estudam no CPM. Muitas famílias terão outra perspectiva de futuro com o colégio”, comenta.

Com tantos resultados, não faltam cidades interessadas em conseguir um colégio. Quatro decretos foram assinados para a criação de novas unidades nas cidades de Maringá, Cornélio Procópio, Cascavel e Foz do Iguaçu. Mas o número de municípios interessados é muito maior. “Uma das dificuldades é a quantidade de policiais para manter o colégio funcionando. Por isso, vou apresentar uma proposta para tornar a expansão muito mais rápida”, comenta Tiago Amaral que conhece bem as dificuldades para a implantação do Colégio da Polícia Militar em Londrina. “Por ser o primeiro, as dificuldades foram enormes. Nunca tinha sido feito algo assim antes”.

Como funciona o Colégio da Polícia Militar

A gestão é da Policia Militar

A seleção dos alunos é feita por concurso

A grade curricular é a mesma da rede estadual

Os professores são da rede estadual de ensino

Os alunos não precisam seguir a carreira militar

O ensino é gratuito

 

Rosi Guilhen/Assessora de Comunicação Deputado Tiago Amaral

(41) 99677-8299

(41) 3350-4281 Gabinete Curitiba

(43) 3039-1069 Escritório Londrina

 

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