Matéria publica na AENPR
Aeroporto vai ganhar o chamado Sistema de Pouso por Instrumento (ILS), tecnologia que aumenta a capacidade de operação de pousos e decolagens em condições meteorológicas adversas. Terminal de passageiros e pista de pouso e decolagem também serão ampliados.
O Aeroporto Governador José Richa, em Londrina, no Norte do Paraná, ficará maior, mais moderno e seguro nos próximos meses. A CCR Aeroportos, empresa que administra o terminal desde o ano passado após privatização por parte do governo federal, apresentou nesta sexta-feira (07) para a prefeitura da cidade o projeto de instalação do Sistema de Pouso por Instrumento (ILS). A tecnologia aumentará a capacidade de operação de pousos e decolagens em condições meteorológicas adversas, garantindo mais segurança ao complexo.
Além disso, o pacote de modernização inclui ainda a extensão do pátio de manobra e da área de estacionamento das aeronaves (em formato C); a ampliação em 145 metros da pista de pouso e decolagem; a reforma e ampliação do terminal de passageiros, que passará de 5,8 mil metros quadrados para 8 mil metros quadrados; implantação de dois novos pontos de embarque e desembarque; construção do novo pátio de aeronaves; e a adequação do acesso de aeronave ao hangar e da largura das pistas de táxi aéreo existente.
O investimento é estimado em R$ 98 milhões. As obras começarão em abril de 2023, com prazo de duração de 18 meses. A capacidade do terminal será ampliada em quase três vezes.
“É um conjunto de obras que vai colocar o aeroporto de Londrina em um outro patamar. Um aeroporto que vai trazer conforto, segurança e acima de tudo desenvolvimento econômico para a cidade. Vai gerar milhares de emprego e, consequentemente, o desenvolvimento social de Londrina”, disse o prefeito da cidade, Marcelo Belinati.
A concessão do Aeroporto Governador José Richa fez parte do pacote arrematado pela CCR ao lado dos terminais de São José dos Pinhais (Afonso Pena), Bacacheri e Foz do Iguaçu. O processo coordenado pelo governo federal contou com apoio do Governo do Paraná.
SEGURANÇA – De acordo com a CCR, a instalação do ILS – Categoria 1 na cabeceira 31 da pista possibilitará ao aeroporto funcionar nas mais diferentes condições climáticas, ficando menos tempo fechado. O dispositivo fornece ao piloto duas informações essenciais, sendo uma delas sobre o eixo da pista e a outra referente à trajetória ideal de planeio, facilitando as aterrissagens.
Além disso, a concessionária vai implantar a tecnologia ALS, um conjunto de luzes coloridas ou piscantes, que define claramente a pista e a zona de pouso, de forma a auxiliar a transição de voo por instrumentos para o voo com referências visuais.
VOE PARANÁ – O aeroporto de Londrina é estratégico dentro da proposta do Governo do Paraná de incentivar o desenvolvimento econômico por meio da aviação regional. Lançado em 2019 e retomado em 2021 com o avanço da vacinação contra a Covid-19, o Voe Paraná é o maior programa de aviação regional do País.
O projeto conecta Curitiba a cidades do interior, facilitando e acelerando o deslocamento. Atualmente são atendidos os municípios de Cianorte, Telêmaco Borba, Arapongas, Campo Mourão, Apucarana, Guaíra, Francisco Beltrão, Cornélio Procópio, União da Vitória e Umuarama.
As operações são realizadas de três a quatro vezes por semana, feitas com o Cessna Gran Caravan, modelo utilizado pela Azul Conecta, com capacidade para nove clientes.
Há ainda voos regulares da Capital para Toledo, Guarapuava, Pato Branco, Ponta Grossa, Londrina, Maringá e Foz do Iguaçu. O Voe Paraná mudou o cenário aeroportuário do Estado. O número de aeroportos com operações regulares passou de seis, em 2018, para 20 em janeiro deste ano. O Paraná também recebe voos de várias capitais brasileiras e da Argentina e a Azul confirmou para dezembro a estreia de voo direto de Foz do Iguaçu para Montevidéu, no Uruguai.