Um grupo com cerca de trinta pessoas viajou a Curitiba para conhecer as instalações do Colégio da Policia Militar, em Curitiba. A unidade vai funcionar no atual Colégio São José, no Jardim Leonor, que será transformado por decreto em Colégio da Polícia Militar. Para isso, serão investidos R$ 730 mil na reforma e adaptação do São José.
Pais, alunos, professores e representantes da comunidade conheceram as instalações da escola e a metodologia de ensino. “Fiquei impressionado com a organização e a prática de esportes. Muitos alunos são atletas”, comentou Gabriel Henrique, aluno. Para a professora Maria Aparecida Lembi, que tem dois filhos no São José, “é o sonho de todos os pais: um ensino de qualidade e excelência para os filhos”.
Os alunos têm aulas do currículo padrão do Estado e atividades extracurriculares, com objetivo de desenvolver a cidadania e disciplina. A diferença do CPM para os demais colégios da rede pública é a administração, que é de membros da corporação.
Negociação – Quem está negociando a instalação do modelo em Londrina é o deputado Tiago Amaral (PSB). Há quase um ano ele vem mantendo conversas com o comando da Policia Militar, Núcleo de Educação e Governo do Estado. “Há 58 anos nós temos um colégio da polícia militar em Curitiba, mas não existe nenhum em outra cidade. Esse é o primeiro colégio da polícia militar no interior do Paraná. Uma conquista muito grande para a educação do nosso estado. Esse não é um projeto feito para a comunidade. Ele é um projeto construído com a comunidade”, comentou o deputado Tiago Amaral.
O Colégio é reconhecido em todo o país pelo ótimo desempenho de seus alunos em provas como Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e em vestibulares como da Universidade Federal do Paraná. Alcançou média de 6,8 no último comparativo do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB), enquanto média estadual é de 4,6 pontos e tem a nota mais alta entre todos os colégios militares do país.
Processo seletivo – Todos os alunos já matriculados no São José continuam no colégio. Os que quiserem trocar de escola terão outras opções na região. Os novos, que entrarão em 2018, vão passar pelo processo seletivo da Polícia Militar como já acontece na unidade de Curitiba.
“O projeto já tramitou e recebeu o aval de seis secretarias de estado, agora está sob análise da secretaria da Fazenda. O processo seletivo para ingresso na nova unidade está pronto, mas a publicação depende da assinatura do decreto pelo governador”, explicou Tiago Amaral.
Com o governador – No período da tarde a comitiva esteve no Palácio Iguaçu para se reunir com o governador Beto Richa (PSDB). “Estamos vivendo um momento histórico para o nosso estado em descentralizar a estrutura do Colégio da Polícia Militar da capital. A comunidade entendeu o quanto a criação deste projeto é importante para a formação do ser humano”, disse.
O comandante-geral da PM, coronel Maurício Tortatto, explicou que a grade curricular e os professores continuam vinculados à Secretaria de Estado de Educação. O que muda é a gestão da escola, que passa a ser de responsabilidade da PM. “A proposta não é de militarização da educação, é uma proposta de gestão pela Polícia Militar. O colégio passa a ser um Órgão da Polícia Militar (OPM) que segue os preceitos didáticos e pedagógicos da secretaria de educação”, explicou.
Rosi Guilhen/Assessora de Comunicação deputado Tiago Amaral
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