Uma força-tarefa começou a ser montada para que o projeto de duplicação da PR 445, de Irerê a Maua da Serra, fique pronto o mais rápido possível, garantiu o secretário de Infraestrutura e Logística, Sandro Alex, na reunião desta terça-feira (20), na SEIL.

A partir da informação trazida pelos deputados Tiago Amaral, Tercilio Turino e Luiz Claudio Romanelli de que o termo de referência para a duplicação do trecho de 50 km está pronto, o secretário afirmou que serão usados recursos do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento). O termo de referência são todas as definições técnicas que devem constar no projeto a ser elaborado.  A informação foi repassada pelo superintendente Regional Norte do DER, Marco Aurelio Sguario, na semana passada. Convocada pela direção da Sociedade Rural do Paraná (SRP), o objetivo da reunião foi viabilizar e agilizar o projeto e as obras de duplicação da rodovia, devido à importância dela para a região. Participaram representantes de 14 entidades e instituições, além de deputados federais e estaduais e do superintendente Regional Norte do DER, Marco Aurélio Sguario.

“Nesse momento os técnicos do DER começam as tratativas junto ao BID para a abertura do edital para contratação do projeto de duplicação que poderá ser dividido em dois lotes para agilizar: de Irerê a Tamarana e de Tamarana a Mauá da Serra”, explicou Sandro Alex.

Segundo ele, a meta é lançar o edital até o final de setembro. “Recurso não é o problema. Nós precisamos é correr contra o tempo. A licitação e a contratação do projeto demoram muito e a gente queria finalizar até o final do ano que vem para daí licitar a obra”, acrescentou. De acordo com os técnicos do DER, o projeto para o trecho de 52 km demora cerca de um ano.

Tanto o projeto como a obra podem ser executados com recursos do BID. A estimativa de custo do projeto entre R$ 5 e R$ 6 milhões e a obra ficaria em aproximadamente R$ 300 milhões. “O projeto do BID está aprovado até 2022, então, temos que fazer a obra neste prazo. Inicialmente se fala em um ano para concluir um projeto como esse. A gente está tentando baixar para oito, dez meses para ganhar tempo”, afirmou Sandro Alex.

“O BID já dispõe de uma classificação de empresas pré-selecionadas que podem apresentar as propostas, o que vai agilizar o processo. É o caminho mais rápido”, afirmou Tiago Amaral. Segundo ele, o termo de referência para o projeto foi um pedido da Comissão de Infraestrutura de Londrina e Região ao superintendente Regional Norte do DER, Marco Aurelio Sguario, na reunião realizada pela comissão em 26 de julho, na ACIL. A comissão realiza reuniões mensais para tratar das obras prioritárias para Londrina e região.  “Tivemos uma boa surpresa na reunião na semana passada na Sociedade Rural do Paraná com o termo de referência pronto”, comentou o parlamentar.

“Foi a melhor solução. Seria uma situação extrema os empresários bancarem o projeto. Agora é manter a pressão”, afirmou o presidente da SRP, Antonio de Oliveira Sampaio.

Para o presidente da Associação Comercial do Paraná, Fernando Moraes “Hoje Londrina está muito mais ligada à São Paulo e tem tudo a ver com a logística. Há muito tempo estamos nessa batalha para a duplicação da PR 445. Com a Comissão de Infraestrutura a sociedade civil organizada está sendo valorizada”, afirma Fernando Moraes, presidente da ACIL.

Em andamento – A duplicação de 15 km entre Londrina e Irerê está em andamento com conclusão prevista em julho do ano que vem.  A obra está sendo realizada com recursos do Governo do Paraná pelo Consórcio ED – formado pelas empresas Enpavi e DP Barros -,  de São Paulo, com valor de R$ 93 milhões. Além da duplicação, estão sendo construídas alargamento de ponte, interseções, vias marginais, trincheiras e viadutos.

Comissão de Infraestrutura

Por meio do trabalho da Comissão, criada em julho de 2017, foram conquistadas importantes obras de infraestrutura e logística, como a duplicação da PR-445, entre Londrina e Irerê, uma antiga reivindicação regional; além da conclusão do novo projeto do Contorno Norte e as três passarelas na PR 445, em Cambé e Londrina.

Atualmente, integram a comissão o deputado Tiago Amaral, Associação Comercial e Industrial de Londrina (ACIL), Sociedade Rural do Paraná (SRP), Clube de Engenharia e Arquitetura de Londrina (CEAL), Sinduscon Norte, Sindimetal, Grupo Folha de Comunicação, Associação das Empresas do Polo Industrial de Cambé (AEPIC) e Associação Médica do Londrina. Recentemente, a OAB também se uniu à comissão.

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