Combustível vai aumentar competitividade de Londrina, segundo Tiago Amaral
A Companhia Paranaense de Gás (Compagas) vai fazer um grande investimento na rede de distribuição de gás em Londrina, ajudando a cidade a se tornar um polo com muito mais potencial para atrair indústrias.
Esse foi um dos temas debatidos nesta sexta-feira (12/7), na reunião da Comissão de Infraestrutura do Norte do Paraná. O convidado foi o CEO da Compagas, Rafael Lamastra Jr., que fez uma apresentação sobre os planos da companhia para Londrina e região.
A Comissão é uma iniciativa do deputado estadual Tiago Amaral (PSD), em parceria com entidades representativas da nossa cidade. De acordo com Tiago Amaral, “se queremos industrializar Londrina, precisamos antes de mais nada garantir o fornecimento de energia, de preferência limpa”.
Gás é indutor de desenvolvimento
A Compagas tem um projeto para o Norte do Paraná que inclui a retomada da operação de distribuição de gás canalizado em Londrina, com novas redes e a reativação da rede existente. O investimento na região será de R$ 100 milhões nos próximos 5 anos, para uma rede que será totalmente abastecida com biometano, um gás renovável e alinhado às metas de sustentabilidade.
“O gás é um indutor de desenvolvimento. Londrina será a segunda cidade do país com abastecimento exclusivamente com biometano”, explica Rafael Lamastra.
O plano é atender à nova Cidade Industrial de Londrina e criar o primeiro condomínio industrial verde do país. Já no mercado residencial, uma rede de cerca de 30 quilômetros atenderá a Gleba Palhano, uma região valorizada e de intenso comércio.
Fonte de renda para Londrina
Outra possibilidade que se abre para Londrina é utilizar o aterro sanitário da cidade para extração do gás biometano, que hoje é queimado, ou seja, desperdiçado. “Basta a Prefeitura fazer uma parceria com a Compagas, para que a companhia passe a comprar e retirar o gás. O que hoje é um dinheiro que está sendo queimado vai ser uma fonte de renda para a cidade, a partir do lixo”, defende o deputado estadual Tiago Amaral. Para ele, os investimentos da Compagas vão qualificar a cidade e posicioná-la como mais sustentável.

Ministro disse que Contorno Leste estará no Lote 4 do pedágio
A batalha da Comissão de Infraestrutura é que o Contorno Leste de Londrina entre no Lote 4 das concessões de rodovias do Paraná, para ser feito pela nova concessionária. O lote está em avaliação no Tribunal de Contas da União, para depois ser leiloado.
Segundo o deputado federal Diego Garcia, o diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), Fabricio de Oliveira Galvão, disse que o ministro dos Transportes, Renan Filho, confirmou a decisão de incluir o Contorno Leste no Lote 4.
Como será o Contorno Leste de Londrina
O Contorno deve ter em torno de 23 quilômetros, desde a PR-445, na entrada de Curitiba, até a BR-369, na divisa entre Londrina e Ibiporã. A obra vai retirar o tráfego pesado que atualmente passa pela Avenida Dez de Dezembro, dentro de Londrina.
Além de melhorar o trânsito, o Contorno Leste é um passo estratégico para a criação de um terminal com acesso direto para o transporte de cargas no Aeroporto de Londrina, conectando-se tanto à BR-369 quanto à PR-445.
ILS está assegurado pelo DECEA
Nas obras de reforma e ampliação do Aeroporto de Londrina, a implantação do ILS, sigla em inglês para Sistema de Pouso por Instrumento, foi assegurada pelo Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), órgão ligado ao Ministério da Defesa. O ILS vai permitir que o Aeroporto continue operando mesmo em dias chuvosos, o que atualmente é impossível.
O relato foi feito pelo CEO do Grupo Folha de Londrina, Nicolás Mejía, responsável na Comissão por acompanhar o andamento das intervenções que estão sendo feitas no Aeroporto. O DECEA vai encaminhar a licitação para compra do equipamento, que deve custar em torno de R$ 20 milhões. A previsão é que o ILS esteja instalado até o fim do próximo ano.
Havia uma dúvida sobre a instalação do sistema, já que um relatório técnico apontava que o Aeroporto de Londrina não precisaria do equipamento. No entanto, a Comissão de Infraestrutura encampou a luta. “Precisamos do ILS, para evitar cancelamentos de pousos e decolagens, bem como impedir prejuízos ao desenvolvimento de Londrina e de toda a região”, defende o deputado estadual Tiago Amaral.
Trem Pé-Vermelho
A Comissão de Infraestrutura também acompanha o andamento do projeto do Trem Pé-Vermelho, para transporte de passageiros entre Ibiporã e Paiçandu, passando por Londrina e Maringá.
A presidente do Sinduscon Londrina, Célia Catussi, informou que o Trem Pé-Vermelho está incluído no PAC – Programa de Aceleração do Crescimento, do Governo Federal. Segundo ela, em agosto haverá em Brasília uma reunião sobre o projeto, na Secretaria Nacional de Transporte Ferroviário (SNTF), ligada ao Ministério dos Transportes.
Atualização de outras obras
Duplicação da PR-445
As obras da duplicação da PR-445 avançam, com 64,18% concluídos, conforme a medição feita em junho. 14 quilômetros de pista dupla a partir de Mauá da Serra já estão em operação. O viaduto de Tamarana já tem finalizada metade das estacas-raiz, que são parte da infraestrutura do viaduto. A fundação da ponte de Santa Cruz também teve início. A previsão de término da obra é janeiro de 2025.
Viaduto da PUC
Quase metade da obra do Viaduto da PUC já está pronta. A obra resolverá problemas de congestionamento e acidentes na BR-369, no trecho que dá acesso ao Campus Londrina da PUC-PR e a vários bairros e empresas. Com o bloqueio da pista principal, está em andamento a construção da estrutura do viaduto. Por isso, os veículos estão circulando pelas marginais. A previsão de término da obra também é para janeiro de 2025.

Participaram da reunião:
- Ângelo Pamplona – Associação Comercial de Londrina
- Antonio Nechar – Associação Médica de Londrina
- Rafael Lamastra – Compagás
- Decarlos Manfrin – CREA e CEAL
- Célia Catussi – Sinduscon
- Ana Bárbara – Sinduscon
- Carlos Ribeiro – AEPIC
- Nicolás Mejía – Grupo Folha
- Tiago Amaral – Deputado Estadual
- Diego Garcia – Deputado Federal