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Residentes em alerta

Matéria publicada na Folha de Londrina

As universidades estaduais enfrentaram outro imbróglio no último mês, desta vez envolvendo as bolsas de residência. Após um bloqueio pela Sefa (Secretaria Estadual da Fazenda) na folha de pagamento no mês de julho, as universidades tiveram que alocar recursos internos para custear as bolsas dos estudantes da área da saúde. Nesta sexta-feira (16), representantes da UEL e UEM (Universidade Estadual de Maringá) reuniram-se com lideranças políticas, servidores e estudantes para discutirem a situação. Neste encontro, foi divulgada a assinatura do decreto de recomposição dos recursos no valor de R$ 8 milhões para bancar bolsas de residência até dezembro. Os valores para compensar editais para o ano seguinte ainda serão discutidos.

O problema surgiu porque a Sefa mudou o entendimento sobre a forma de pagamento dos residentes. Desde 1972, esses estudantes entravam como funcionários da universidade. A UEL abriga 440 residentes em diferentes especialidades que trabalham em vários hospitais e instituições de saúde de Londrina e região recebendo bolsa de R$ 3.330,43 por jornada de 60 horas semanais, muitos com dedicação exclusiva, sem direito a férias nem 13º salário.

Dos 440 residentes, 360 estão no HU. “É uma boa notícia que agora estejamos garantidos até dezembro, mas fica o desafio de buscarmos manutenção e garantia no LOA (Lei Orçamentária Anual) para o próximo ano. Fica a preocupação, pois não temos garantias”, afirmou Vivian Feijó, superintendente do HU. Segundo Joice Cruciol, coordenadora das residências não médicas da UEL, o trabalho desses estudantes beneficia a comunidade, pois muitos atuam em UBS (unidades básicas de saúde) e em outras instituições onde o serviço chega a representar 90% da mão de obra, como o HV (Hospital Veterinário).

O deputado Tiago Amaral (PSB), relator do Orçamento do Paraná, participou da reunião. “É uma questão absolutamente técnica, pois não se trata de servidores, mas de bolsas de estudo destinadas à compensação para formação da área. Essa reclassificação da despesa foi uma solução encontrada para resolver a situação. Estamos tirando do orçamento”, afirmou.

Os valores são suficientes para bancar as despesas com residentes até dezembro deste ano, mas as residências vão até fevereiro. O deputado afirmou que o orçamento para o próximo ano ainda será discutido, mas orienta as universidades a já classificarem as despesas no novo modelo exigido pela secretaria.

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