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Reunião de empresários e políticos define rumos sobre o futuro do Contorno Norte

Grupo defende que deputados estaduais negociem novos termos para a construção do importante trecho rodoviário

Matéria publicada na Folha de Londrina

Os rumos sobre o projeto da obra do Contorno Norte de Londrina foram discutidos por representantes das empresas, produtores rurais e políticos, na tarde desta quinta-feira (14), em um encontro organizado pela Aepic (Associação das Empresas do Polo Industrial de Cambé), na sede da empresa Sandoz. O grupo chegou ao consenso sobre a necessidade de dialogar com os procuradores do MPF-PR (Ministério Público Federal do Paraná), responsáveis pela operação Lava Jato. São eles os responsáveis pelas denúncias de esquemas de corrupção ligados às concessionárias das rodovias estaduais – em especial a Econorte, responsável pela construção. “A ideia é que nossos representantes, os deputados da região, apresentem os detalhes sobre o que já existe em relação ao projeto. Queremos ajudar com os trâmites para ajudar da forma mais transparente possível de forma a chegar a uma viabilidade desta obra que é tão importante para a nossa região”, afirmou Rosinda Stremlow, presidente da Aepic. 

O deputado estadual Tiago Amaral (PSB) acredita que a conversa com o Ministério Público é fundamental para esclarecer questionamentos sobre as responsabilidades e quais caminhos o projeto do Contorno Norte devem seguir. “Hoje temos uma decisão judicial que foi contestada pela própria concessionária diante da solicitação do MPF que todos os aditivos e mudanças foram suspensos, o que faz que as obras retornem ao status de 1997. A decisão traz a obra ao projeto inicial, que conta com pista simples e em traçado por dentro da cidade, o que é inviável. Queremos pedir aos procuradores que se for mantido a ordem da concessionária ser responsável pela obra, que refaça o projeto para as necessidades atuais”, explicou Amaral. 

Já Tercilio Turini (PPS) pensa que é importante garantir os recursos para a construção. “As investigações do MP encaminham para um acordo de leniência, visto que os contratos de concessão estão chegando ao fim. Já pagamos por ela há mais de 21 anos. Acho que pode ter alguma dificuldade, mas vamos conseguir chegar lá”, afirmou otimista. Previsto a um custo de R$ 22 milhões no contrato de concessão das rodovias, o Contorno Norte de Londrina deveria ter sido executado até 2002, com duplicação prevista para 2016 no valor de R$ 31 mil, mais R$ 3,03 milhões para desapropriações. Entretanto, o início da obra foi postergado, inicialmente, para 2011; depois, para 2020, até que, em janeiro de 2018, foi suprimida das obrigações pelo governo Beto Richa (PSDB) 

O prejuízo pelo adiamento indefinido da construção do Contorno Norte é incalculável. As perdas são econômicas, em grande parte pela falta de estrutura logística para o desenvolvimento dos setores produtivos, assim como social, causada pelos inúmeros acidentes. “A cidade de Cambé tem uma grande preocupação porque a obra é importante para abrir uma nova fronteira para ampliação de um novo parque industrial. Trabalho para o futuro, se garantirmos o contorno poderemos planejar as novas áreas produtivas”, concluiu o prefeito de Cambé, Zé do Carmo (PTB). O Grupo Folha de Comunicação está representado na equipe de empresários e políticos que busca soluções para o Contorno Norte pelo superintendente José Nicolás Mejía.


Pedro Moraes 
Reportagem Local

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