Comissão tem nova reunião nesta quinta
Na reunião que foi marcada pelo deputado estiveram presentes Vivian Feijó, diretora superintendente do HU/ UEL; Airton José Petris, vice-reitor da UEL e a procuradora jurídica da UEL Tânia Lobo. O grupo foi recebido pelo conselheiro Ivens Linhares, superintendente da 7ª inspetoria que fiscaliza os gastos das universidades estaduais, incluindo as contratações em saúde.
O problema de extrema urgência que afeta o HU/UEL – a falta de anestesistas, profissionais indispensáveis para cirurgias e outros procedimentos – faz parte de uma lista de dificuldades na área da saúde na região de Londrina causadas pela alta demanda da população que precisa ser atendida e que a estrutura existente não dá conta.
A superintendente do HU, Vivian Feijó, explicou que há 139 pacientes internados aguardando cirurgia. “A necessidade do HU é de dez anestesistas pela manhã, mais dez à tarde e dois ou três à noite. Em alguns dias o HU chega a ter apenas um anestesista durante 24 horas. Por conta da situação, o HU tem priorizado cirurgias emergenciais”.
O Hospital Universitário é 100% público e seus processos são submetidos aos mecanismos de controle do Tribunal de Contas. “Acredito que o conselheiro, através dos apontamentos que fiz e das observações administrativas feitas pelo deputado Tiago Amaral, conseguiu entender a dimensão do nosso trabalho e a importância deste hospital para a população de londrina e região e, também, a urgência da resolução do problema”, destaca a superintendente.
Depois de entregar as justificativas e comprovações dos números apontados, o grupo espera uma resposta positiva por parte da 7ª Inspetoria para dar continuidade e realinhar os valores, tornando a remuneração destes profissionais mais atrativa dentro do mercado.
A importância do anestesista
Sem anestesistas suficientes para dar conta da demanda, os problemas se acumulam e prejudicam o atendimento de qualidade à população: diminuição do número de cirurgias e exames de alta complexidade; suspensão de cirurgias eletivas que ocorrem para dar conta dos procedimentos de urgência; acúmulo de exames; risco de infecção hospitalar do paciente internado por mais dias que o necessário, além de piora do estado de saúde; atraso na realização de cirurgias oncológicas, sendo que a urgência é definida por lei.
“O profissional anestesista é extremamente estratégico e necessário para melhorar a eficiência e os resultados do hospital. O paciente entra em uma porta aberta de urgência e emergência como a nossa e, em 80% dos casos, ele necessita de um exame diagnóstico com intervenção ou de um procedimento cirúrgico. Até mesmo em outras áreas é indispensável este profissional como a que trata de queimados e também no serviço de hemodinâmica, que atende a cardiologia, entre outros”, esclarece Vivian Feijó.
Reunião no MP
Na semana passada, o Comitê de Crise da Saúde de Londrina se reuniu para discutir a situação dos hospitais terciários do município. O encontro foi convocado pelo Ministério Público (MP) e contou com a presença de prefeitos da região que fazem parte da Amepar, o presidente da Associação, prefeito Sergio Onofre, de diretores de hospitais, secretários de saúde e autoridades.
Na ocasião forem elencados três problemas principais: a necessidade de manutenção do credenciamento do Hospital Evangélico na rede materno infantil, a a falta dos anestesistas no HU e os problemas de fluxo de direcionamento do paciente nos três níveis de atendimento (primário, secundário e terciário) que têm levado a sobrecarregar o atendimento terciário. Outra ação que vem sendo colocada em pauta é a abertura da nova maternidade no HU, onde foi instalado o hospital de retaguarda para atendimento de pacientes com covid e enfrentamento da pandemia.
Uma nova reunião ficou marcada para esta quinta-feira, 27 de outubro, às 10 horas, para dar seguimento a estes assuntos prioritários.