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CCJ debate melhor forma de resolver ajustes em limites municipais

Fotografia mostra reunião da CCJ, presidida por Tiago Amaral, debatendo ajustes em limites de municípios.

Deputado Tiago Amaral reabriu trabalhos da comissão no 2º semestre

A correção de limites entre municípios esteve em pauta na reunião da Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia Legislativa do Paraná, nesta terça-feira (08/08). Ao analisar três projetos de lei sobre o tema, os integrantes da comissão fizeram um debate aprofundado, cumprindo um dos papeis da CCJ, que é qualificar o processo legislativo.

Questão importante para a população

Os limites municipais definem as áreas de jurisdição de cada município e têm impacto direto na organização política, na gestão de recursos e serviços públicos, no desenvolvimento econômico e na vida cotidiana dos cidadãos. Há situações em que casas estão metade num município e metade em outro. Como resultado, há problemas em relação a pagamento de IPTU e prestação de serviços à população. “É nosso papel auxiliar os municípios a resolver essas questões, que repercutem nos empreendimentos e na vida da população”, explica o deputado Tiago Amaral, presidente da CCJ.

Terreno de colégio em dois municípios

Um dos casos em análise na CCJ trata dos limites entre Ivatuba e Floresta, no Noroeste do Paraná. Pela lei 4245/1960, que criou os municípios, o terreno onde hoje estão a Faculdade e o Colégio Adventista Paranaense, importantes instituições de ensino da região, fica parte num município e parte em outro. Os deputados estaduais Tiago Amaral (PSD) e Cobra Repórter (PSD) apresentaram o projeto 377/2023, para corrigir o problema.

Como explica Juliano Almeida, Diretor Administrativo da instituição, “a regularização dos limites municipais entre Ivatuba e Floresta é essencial para a conclusão dos projetos institucionais da Faculdade Adventista do Paraná”. A mudança vai permitir a construção do Condomínio Moriá Residence, com aproximadamente 400 lotes. “A conclusão do condomínio trará desenvolvimento econômico e sustentabilidade para ambos os municípios, promovendo o crescimento da região”, complementa Almeida.

De acordo com o prefeito de Floresta, Ademir Maciel, o projeto oficializa algo que já acontecia na prática. “Historicamente, o colégio já pertencia ao município de Ivatuba. Somente agora descobrimos que o traçado estava errado”, relata o prefeito.

Desse modo, os dois municípios assinaram um termo de ajuste de limite com o Instituto Água e Terra, órgão estadual que trata das questões referentes a terras e cartografia, e também realizaram audiências públicas para debater a questão com os moradores.

Mapa mostra Instituto Adventista, em Ivatuba, com parte do terreno dentro do município de Floresta.
Terreno de estabelecimento de educação pertence a dois municípios: Ivatuba e Floresta resolvem questão, com ajuda de Tiago Amaral.

Quando realizar a audiência pública?

Os outros dois projetos em debate pretendem resolver problemas práticos para a população. O projeto 444/2023, de autoria do deputado Anibelli Neto (MDB), trata dos limites entre Pontal do Paraná e Paranaguá. Na época do desmembramento, em 1995, a divisa foi fixada por linhas retas, sem considerar a disposição dos imóveis e os registros imobiliários. Isso fez com que algumas residências façam parte simultaneamente dos dois municípios, gerando problemas com IPTU e serviços da Copel e da Sanepar.

Já o projeto 779/2021, do deputado Evandro Araújo (PSD), corrige um erro da lei que criou o município de Rio Branco do Ivaí, desmembrado de Grandes Rios em 1995. Na época, não estavam disponíveis mapas computadorizados, fotos de satélite ou coordenadas por GPS. Dessa forma, utilizou-se uma estrada como marco de divisa. Porém, o Distrito de Flórida do Ivaí, que tem ligação econômica, cultural e de infraestrutura com Grandes Rios, acabou transferido para o novo município. Agora, proposta devolve a comunidade para o município original.

Como nesses dois projetos ainda não houve audiências públicas com os moradores, foi concedida vista coletiva na CCJ, incluindo também o projeto 377/2023. A medida é para que os integrantes da comissão cheguem a um consenso sobre o momento em que a audiência pública deve ser realizada, se antes ou depois de aprovar o projeto na comissão.

“Vamos conversar entre nós e definir uma posição formal da CCJ, para que isso fique padronizado nos projetos que tratam de limites municipais. Assim, não haverá dúvidas por parte dos parlamentares e prefeitos e, enfim, a gente não cometa injustiças”, pontua o deputado Tiago Amaral.

Volta do recesso

Foi a primeira reunião da CCJ neste semestre, após a volta do recesso parlamentar do mês de julho. A diretriz, segundo o deputado Tiago Amaral, é seguir na missão de aprofundar o debate em relação às propostas de lei no parlamento estadual — como a CCJ faz no caso dos limites municipais.

O presidente lembra o que tem norteado os trabalhos da comissão: “O objetivo é que, acima de tudo, as leis sejam realmente benéficas para toda a população. Além disso, o trabalho da CCJ busca o rigor de aprovar o que for constitucional e legal. O segundo semestre tende a ser ainda melhor, mais proveitoso e mais próximo da sociedade paranaense”, acredita Tiago Amaral.

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