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Telessaúde pode liberar 30 mil consultas/ano na região de Londrina

Fotografia mostra plenarinho da Assembleia Legislativa lotado e, em primeiro plano, deputado Tiago Amaral e participantes da audiência pública sobre telessaúde: lei pode liberar 30 mil consultas por ano para Londrina e região.

Em audiência pública, representantes da área e deputados discutiram o tema

A telessaúde pode contribuir para liberar cerca de 30 mil consultas presenciais por ano na região de Londrina e, assim, expandir as oportunidades de atendimento. Esse foi um dos possíveis avanços apontados na audiência pública realizada na terça-feira, dia 23/5, na Assembleia Legislativa do Paraná. A reunião debateu o projeto de lei nº 116/2023, que pretende regulamentar a telessaúde no Estado. Em síntese, o objetivo é:

  • Promover a confidencialidade do atendimento
  • Proteger a relação entre médico e paciente
  • Assegurar a qualidade do serviço

A audiência lotou o Plenarinho da Alep e foi uma iniciativa conjunta da Comissão de Constituição e Justiça, presidida pelo deputado estadual Tiago Amaral (PSD), e do Bloco da Saúde, liderado pela deputada Márcia Huçulak (PSD), autora do projeto. “A telessaúde é uma ferramenta a mais. Ela não substitui o olho no olho, o contato físico, o exame presencial. O que a gente pretende é ampliar o atendimento”, esclarece a deputada.

Fotografia mostra deputado Tiago Amaral falando durante audiência pública sobre telessaúde, na Assembleia Legislativa do Paraná.
Deputado Tiago Amaral na audiência pública sobre telessaúde: “É importante trazer a visão de quem vai viver o projeto na prática”.

Saúde no interior do Paraná

Como está sempre presente nos municípios do interior, o deputado Tiago Amaral mencionou uma das cenas que mais se vê nas localidades menores: veículos levando pacientes para as cidades-polo e para a capital, em busca de atendimento. “Esse deslocamento é muito desgastante para os pacientes e suas famílias. Sem falar no tempo que se passa em outra cidade, longe de casa, sem ter apoio adequado e a estrutura necessária. É um momento de muito sofrimento e angústia”, pontua.

Para completar, muitas vezes, quando chega a hora da consulta, o paciente descobre que não era o local certo ou o profissional adequado – ou que ainda vai precisar voltar para levar um exame: “Com toda certeza, a telessaúde poderia ter atuado num diagnóstico prévio, com a pessoa ainda na sua cidade. E esse desgaste teria sido evitado”, acredita Tiago Amaral.

Experiências no Paraná

De acordo com a deputada Márcia Huçulak, que também é vice-presidente da Comissão de Saúde Pública da Alep, é importante aprender com o que já vem sendo feito: “Nós temos muitas experiências boas acontecendo no Paraná e o nosso papel é estabelecer pontes, criar links entre os processos”.

Uma das experiências apresentadas foi a Central Saúde Já, de Curitiba. A secretária municipal de Saúde, Beatriz Battistela Nadas, mostrou como funciona o serviço, que tem previsão de atender 200 mil pessoas durante o ano de 2023. O serviço foi ampliado recentemente e, só nos últimos dois meses, fez 12 mil atendimentos, o que se assemelha aos números de uma UPA.

Fotografia mostra a superintendente do HU Londrina, Vivian Feijó, com outros participantes da audiência sobre telessaúde no Paraná.

Pioneirismo na região de Londrina

Já a superintendente do Hospital Universitário de Londrina, Vivian Feijó, relatou que o HU utiliza a telessaúde desde 2009. Vivian, que é enfermeira, elogiou o projeto da deputada Márcia e explicou que o grande impacto inicial deve se dar em relação a quatro pontos:

  • Doenças crônicas que podem ser telemonitoradas
  • Trocas de receitas
  • Atualização de atestados médicos
  • Liberação de medicamentos especiais

Com a telessaúde, as pessoas que têm diagnósticos crônicos poderiam ser acompanhadas sem necessidade de se deslocar a um consultório: “Com isso, podemos chegar a ter até 30% de consultas novas ofertadas no SUS. Seriam em torno de 30 mil consultas disponíveis por ano na nossa região. É um incremento muito maior do que construir novos serviços”, exemplifica Vivian Feijó.

Segundo a superintendente do HU, mesmo Londrina sendo um polo de referência em saúde, com escolas que oferecem seis graduações na área, ainda existem vazios assistenciais que preocupam. Isso acontece com mais frequência em áreas dos distritos e em cidades de pequeno porte. O acesso a especialistas pode ser melhorado a partir da regulamentação e implementação da telessaúde.

Vivian Feijó ressalta ainda que a assistência hospitalar também pode melhorar: “Altas poderão ser otimizadas, com a garantia de acompanhamento precoce do paciente por meio da telessaúde. Assim, haveria uma maior oferta de leitos para rede de atenção em saúde”, prevê.

“Nós precisamos ouvir”

Além de propor a audiência pública, Tiago Amaral disponibilizou um e-mail da Comissão de Constituição e Justiça ([email protected]), para que a população possa encaminhar sugestões para melhorar a proposta: “Para que os nossos projetos sejam realmente transformadores, nós temos antes que ouvir as partes envolvidas. É importante trazer a visão de quem vai viver o projeto na prática, para dizer se o que foi proposto está adequado, se pode ser melhorado”.

Ele frisou que esse é um dos papeis da Comissão de Constituição e Justiça: “Inclusive, fui eleito presidente para isso, pelos meus colegas deputados. Então, é isso que estamos fazendo”, explica.

Tiago Amaral parabenizou mais uma vez a deputada Márcia Huçulak pelo projeto e agradeceu a todos os presentes: “Se vocês não estivessem aqui, nada justificaria o nosso trabalho. É pela saúde pública que estamos lutando”.

Participaram da audiência:
  • Deputada Márcia Huçulak (PSD)
  • Deputado Tiago Amaral (PSD)
  • Deputado Doutor Antenor (PT)
  • Deputado Tercílio Turini (PSD)
  • Deputado Fabio Oliveira (Podemos)
  • Deputado Soldado Adriano José (PP)
  • Beatriz Battistela Nadas – Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba
  • Rosita Marcia Wilner – Federação das Santas Casas de Misericórdia e Hospitais Beneficentes do Paraná
  • Carlos Roberto Naufel Junior – Conselho Regional de Medicina
  • Clareza Marluz Silva – Conselho Regional de Enfermagem
  • Vivian Feijó – Hospital Universitário de Londrina
  • João Felipe Marques – Conselho das Secretarias Municipais de Saúde do Paraná
  • Woldir Wosiacki Filho – Conselho Municipal de Saúde de Curitiba
Conheça a proposta!
  • Baixe aqui a íntegra do projeto de lei
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